segunda-feira, julho 24, 2006

Hinduísmo: Índia, Terra da Espiritualidade



Cada vez mais pessoas visitam a Índia atrás de crescimento espiritual e da busca interior

Poucos lugares do mundo oferecem tantas opções para o crescimento espiritual e a busca interior como a Índia, um país cujas pessoas aceitam a presença do divino em todas as coisas e no qual, sob as milenares tradições hinduístas e budistas, surgiram dezenas de gurus e líderes espirituais.

Além dos impressionantes palácios dos antigos marajás do Rajastão, das paisagens do Himalaia, das paradisíacas praias do Sul e da arquitetura mongol espalhada por todo o país, a Índia oferece aos turistas cursos de ioga, meditação, tantra, massagem, medicina holística e outros tratamentos para o corpo e a mente.

Em todo o território pode ser encontrada uma grande quantidade de ashram (centros espirituais). Alguns deles são dirigidos por um guru e visitados por seus seguidores. Outros são simplesmente destinados à prática de ioga ou meditação, nos quais turistas estrangeiros podem passar o verão de uma forma diferente.

Em muitos desses lugares, é preciso seguir uma rígida disciplina no que se refere ao barulho, às roupas, à hora de acordar e dormir e às refeições, quase todas elas estritamente vegetarianas.
Meditação

Um dos mais conhecidos é o Centro de Meditação de Osho que oferece, entre outros, cursos de meditação, tratamentos com base na hipnose e um programa em que a pessoa passa 21 dias isolada e em silêncio. Outro dos mais visitados pelos ocidentais é o Centro Sivananda Ioga Vedanta, que oferece diversos pacotes, como o Férias com Ioga, com meditação, cantos de devoção, conferências de filosofia e assessoria em saúde. Também há o Programa de Ayurveda e Jejum, no qual, durante duas semanas, a pessoa só toma sucos, recebe as tradicionais massagens com óleo e se submete a ritos de purificação.

Lugares como Haridwar e Rishikesh, no Norte da Índia - este último conhecido pela visita dos Beatles - , atraem a cada ano milhares de ocidentais que buscam aprofundar os conhecimentos de ioga e um pouco de paz. Nestas cidades sagradas, não é permitida a venda de álcool.

Às margens do Rio Ganges, que fica mais forte nos meses de verão devido à água das chuvas de monção e ao degelo do Himalaia, ficam dezenas de templos, ashrams e shadus (homens sagrados) vestidos com roupas laranjas ou brancas. Com eles, os ocidentais tentam aprender o que não podem em seus países.

Fonte: ClicRBS

Sarasvati



Sarasvati é a divindade hindu responsável pela proteção daqueles que lidam com a arte e o conhecimento. É a deusa de todas as artes: música, pintura, escultura, dança e escrita, e sua origem remonta aos Vedas. Ela é representada como uma jovem de tez clara tocando cítara - um típico instrumento musical hindu de cordas. Em sua representação está presente, muitas vezes, uma flor de lótus branca. É a deusa da eloqüencia, e as palavras fluem a partir dela como uma rio florido e doce. Um mito desta divindade é que ela é rival da deusa da força, Lashmi. Sarasvati é conhecida por ser extremamente benevolente e gentil com os pedidos de seus seguidores, e por este motivo é conhecida como realizadora de desejos.

Nos Vedas, seu nome é o mesmo do extinto rio Sarasvati, uma das mais ancestrais relações da mitologia indiana. Em um sentido simbólico ela sugere a sacralidade inerente nos rios ou na água em geral. Ela é conhecida por sua generosidade, fertilidade e riquezas. Suas águas fertilizam a terra, para que essa possa produzir. Sarasvati representa pureza, como a água: principalmente água corrente. As margens do rio eram sagradas também para finalidades rituais.

Kali



No texto em que descrevo a história de Parvati, eu explico a transformação da mesma em outras divindades, incluindo-se Kali.

Kali é a forma agressiva e tempestuosa de Parvati. Seu aparecimento é um mecanismo de defesa para uma situação extremamente difícil, que exige uma personalidade sanguinária para sua resolução.

Pode-se dizer que Kali é a deusa ideal para contrabalancear situações difíceis, períodos de transição abrupta, eras catastróficas e de crise espiritual e material. Sua representação reflete esse espírito cataclísmico: sangue, caveiras e uma expressão demoníaca.

Kali está presente em nossa era, a Kaliyuga (era de Kali), por ser um período de conflito, incerteza espiritual, desastres e descrenças.

Radha e Krishna




Radha foi amiga de infância e cônjuge de alma de Krishna e os dois foram inseparáveis como namorados e mais tarde, como amantes. Esse foi um amor escondido da sociedade, e deu a Radha o status de uma mulher casada. Eles tiveram seus momentos de amor, paixão e ódio - como qualquer casal de amantes. Krishna teve que deixar Vrindavan com Radha, para assegurar que os ideais de verdade e justiça fossem estabelecidos, mas no processo tiveram que deixar o ideal do amor pessoal. Ele tornou-se um rei, destruiu inúmeros inimigos e casou mesmo várias vezes. E ainda assim Radha permaneceu esperando por ele até ele voltar para ela. Seu amor por Krishna é considerado tão divino e puro que Radha por si só obteve o status de divindade, com seu nome sendo inseparavelmente ligado ao de Krishna. A maior parte das imagens de Krishna são consideradas completas quando Radha aparece ao seu lado.

A palavra Radha significa "a maior adoradora de Krishna". Nenhuma outra gopi em Vrindavana tem nome tão significativo quanto Radha. É claro, todas as gopis de Braja amam e dão prazer a Krishna. De qualquer forma, comparada com o oceano de amor de Radha por Krishna, as outras gopis são meros rios, piscinas e baldes. Assim como o oceano é a fonte original de toda a água encontrada nos lagos e rios, similarmente o amor encontrado nas gopis, e todos os outros devotos têm em sua origem Radha sozinha. Desde que o amor de Radha é o maior, ela dá o maior prazer para Krishna. Em Vrindavana, as pessoas são acostumadas a cantar o nome de Radha mais do que o nome de Krishna.

Radha é a alma; Krishna é o Deus. Krishna é o shaktiman - possessor da energia - e Radha é Sua shakti - energia. Ela é a a parte feminina da cabeça do Deus. Ela é a personificação da maior amor por Deus, e por sua mercê, a alma está conectada com o serviço e amor a Krishna.

Parvati




Parvati é uma divindade largamente idolatrada pelos hindus. É conhecida como cônjuge de Shiva e mãe de Ganesha. Por este motivo, aqui explicamos seu aparecimento e sua interação com eles.

Parvati é uma das formas da deusa Shakti, especialmente criada para seduzir Shiva.
Veja abaixo a história detalhada da criação de Parvati, desde o momento em que Shiva perdeu seu primeiro amor:

Profundamente triste com a morte do primeiro amor de Shiva (Sati), ele se isolou em uma caverna escura no Himalaia.

Enquanto isso, os demônios liderados por Taraka, vieram e expulsaram os deuses para fora do paraíso. Os deuses precisavam de um guerreiro que pudesse ajudá-los a restaurar a ordem celestial.

"Apenas Shiva pode lutar como um guerreiro" disse Brahma.

Mas Shiva, imerso na meditação, estava alheio aos problemas dos deuses. Sua meditação produziu grande força e energia. Sua mente estava cheia de bons conhecimentos e seu corpo tornou-se resplandecente de energia. Mas todo seu conhecimento e energia, dentro de seu ser, não podia ser usado para ninguém.

Os deuses invocaram à deusa mãe, Shakti, para que encontrasse uma forma de contornar a situação.

"Eu vou me enroscar ao redor de Shiva, e absorver seu conhecimento e energia para o bem do mundo e farei dele o pai de uma criança." disse Shakti.

Shakti então encarnou como Parvati, determinada a retirar Shiva de dentro de sua caverna e fazer dele seu cônjuge.

Todos os dias Parvati visitou a caverna de Shiva, limpou o chão, decorou-a com flores e ofereceu a ele frutas, esperando ganhar dele o amor.

Mas Shiva nunca abriu seus olhos. Exausta, a deusa invocou Priti e Rati, deusas do amor e da longevidade.

Essas deusas entraram na caverna de Shiva e a transformaram em um belo jardim cheio da fragrância de flores e com o som de abelhas.

Guiada por Priti e Rati, Kama, o deus do desejo, assoprou e atirou flexas de desejo no coração de Shiva.

Shiva ficou furoso. Ele abriu seu terceiro olho e liberou chamas de fúria que engoliram Kama e reduziram seu belo corpo a cinzas.

A morte de Kama alarmou os deuses. "Sem a deusa do desejo, o homem não poderá abraçar a mulher e a vida cessará."

"Eu devo encontrar outra forma de atingir o coração de Shiva. Quando Shiva se tornar meu cônjuge, Kama renascerá." disse Parvati.

Parvati entrou na floresta e executou rigorosos tapas, não se vestindo para proteger seu corpo do clima rigoroso, não comendo nada, nem mesmo uma folha. Ao executar esses rigorosos procedimentos, Parvati ganhou a admiração das entidades da floresta, que a nomearam Aparna.

Aparna tocou Shiva em sua capacidade de se excluir do mundo e dominar seus desejos físicos. A força de seus tapas acordaram Shiva de sua meditação. Ele caminhou para fora da caverna e aceitou Parvati como sua esposa.

Shiva casou-se com Parvati na presença dos deuses, seguindo os rituais sagrados. Depois, levou-a para o local mais alto do cosmos, o monte Kailasa, o pivô do universo. Eles então se tornaram um e Kama pôde renascer.

Parvati amoleceu o coração empedrado de Shiva com seu afeto. Juntos eles descobriram as alegrias da vida de casados. A deusa acordou Shiva para o mundo, despertando nele vários desejos. Em troca, ele revelou a ela os segredos dos Tantras e dos Vedas, que ele havia adquirido durante a meditação.

Inspirado na beleza de Parvati, Shiva tornou-se o fomentador das artes, da dança e do teatro.

Conforme o combinado com os deuses, Parvati deu a aura de Shiva para eles e disse: "Daqui vocês vão poder retirar o deus da guerra que vocês procuram."

Os deuses deram a aura de Shiva para Svaha, cônjuge de Agni, a deusa do fogo. Incapaz de conservar a força da aura por muito tempo, Svaha deu a aura para Ganga, a deusa do rio, que refrigerou-a em suas águas congelantes, até que a aura de Shiva se transformasse em uma semente.

Aranyani, a deusa da floresta, embebeu a semente divina no solo fértil da floresta, que cresceu e se transformou em uma criança robusta com seis cabeças e doze braços.

As seis ninfas da floresta, chamadas Krittikas, encontraram esta bela criança em uma lotus. Tomadas de afeição materna, começaram a cuidar da criança. O filho de seis cabeças de Shiva, nascido de várias mães, tornou-se conhecido como Kartikeya.

Parvati ensinou a Kartikeya a arte da guerra e transformou-o em um guerreiro celestial chamado Skanda. Skanda comandou os soldados celestiais, derrotou Taraka na batalha e restaurou o paraíso aos deuses.

Skanda, guardiã do paraíso, destruiu muitos demônios que se opuseram ao reinado dos deuses. Mas ele não conseguiu derrotar o demônio Raktabija. Jamais o sangue deste demônio tocou o chão, pois quando ele jorrava, tranformava-se em milhares de novos demônios. Ele parecia indestrutível.

Para ajudar seu filho em sua batalha para afugentar os três mundos do demônio, Parvati entrou no campo cósmico da batalha como a temida deusa Kali.

Kali sugou o sangue que jorrava do demônio com sua longa língua antes que o sangue pudesse se transformar em novos demônios. Raktabija, sem poder se reproduzir, foi perdendo sua força. Então Skanda foi capaz de derrotar Rajtabija e todas as duas replicações com facilidade.

Skanda agradeceu sua mãe por sua ajuda. Para celebrar sua vitória, Kali dançou muito no campo de batalha.

Intoxicada pelo sangue de Raktabija, Kali correu pelos três mundos, destruindo tudo e todos os que estavam em seu caminho.

Para acalmá-la, Shiva tomou a forma de um cadáver e bloqueou seu caminho. Como deusa, cega pelo sangue, ver o corpo de seu cônjuge sem vida foi um choque que tirou-a do êxtase. Ela caiu em si e quis saber se havia matado seu próprio marido. Ela pôs um pé em Shiva e o trouxe de volta à vida.

Shiva então tomou a forma de uma pequena criança e começou a chorar, trazendo o amor maternal para o coração de Kali. Isso forçou-a a mudar para sua próxima forma: Gauri, a mãe radiante, provedora da vida.

Gauri disse a Shiva que desejava ter uma criança. Mas Shiva não estava interessado em uma família. Ele se afastou dela e foi à floresta fazer tapas.

Determinada a ser uma mãe, Parvati decidiu criar um filho dela própria sem a ajuda de seu marido. Ela cobriu sua face com pasta de sândalo, retirou a pele morta, misturou-a e moldou-a em uma bela boneca, para a qual ela assoprou a vida.

Então ela ordenou ao seu filho recém criado, cujo nome é Ganesha, que vigiasse sua caverna e dela afastasse todos os estranhos.

Quando Shiva retornou para Kailas, Ganesha não o reconheceu e o impediu de entrar na caverna.

Irritado pela insolência da criança, Shiva pegou seu tridente e cortou sua cabeça.

Quanto Parvati viu o corpo de seu filho sem cabeça, ela chorou copiosamente. Para acalmar Parvati, Shiva ressucitou a criança, colocando uma cabeça de elefante no pescoço cortado. Shiva também aceitou Ganesha como o primeiro de seus filhos.

Ganesha, que impediu Shiva de atravessar a porta de da caverna de sua mãe, tornou-se adorado como o removedor de obstáculos, o senhor dos inícios e o senhor do aprendizado.

Com Parvati de seu lado, Shiva tornou-se um homem de família. Mas ele não abandonou sua forma de heremita: ele continou a meditar e imergir em sonhos. Sua falta de cuidado, sua recusa de responsabilidades algumas vezes irritou Parvati. Mas então ela voltava a si, conformava-se com os caminhos não convencionais de seu marido e restaurava a paz. A conseqüente paz matrimonial entre Parvati e Shiva assegurou a harmonia entre matéria e espírito e trouxe estabilidade e paz para o cosmos.

Parvati também se tornou Ambika, deusa da segurança de casa, do matrimônio, da maternidade e da família.

Lashmi




Lashmi é a deusa da saúde e prosperidade, tanto material quanto espiritual. A palavra LASHMI é derivada da palavra em sânscrito laksme, significando acerto. Dessa forma, Lashmi representa o acerto da vida, que inclui a prosperidade espiritual. Na mitologia hindu, a deusa Lashmi, também chamada Shri, é a esposa divina do deus Vishnu e fornece a ele a força para a manutenção e preservação da criação.

Em suas imagens e gravuras, Lashmi é mostrada com quatro braços e quatro mãos. Ela veste roupas vermelhas com bordados dourados e repousa em uma lótus. Ela tem moedas douradas e duas flores de lótus em suas mãos. Dois elefantes (algumas gravuras mostram quatro) são mostrados próximos à deusa. Este simbolismo segue o seguinte tema espiritual:

Os quatro braços representam as quatro direções no espaço e isto simboliza a onipresença e a onipotência da deusa.

A cor vermelha simboliza atividade. Sua aplicação na vestimenta indica que Lashmi está sempre ocupada distribuindo saúde e prosperidade para seus devotos.

O bordado dourado em seu vestido vermelho denota prosperidade.

A flor de lótus significa que enquanto vivendo neste mundo, deve-se desfrutar de sua saúde e força, mas sem se tornar obcecado por isso. Este ensinamento é análogo à lótus, que cresce na água mas não é molhada pela água.

As quatro mãos simbolizam os quatro fins da vida humana: dharma (caminho correto), kama (desejos genuínos), artha (força e saúde), e moska (liberação do ciclo de nascimentos e mortes). As mãos da frente representam a atividades no mundo físico e as mãos de trás indicam as atividades espirituais para alcançar a perfeição espiritual.

Desde que o lado direito do corpo simboliza atividade, uma lótus na mão do lado direito de trás indica que deve-se fazer todas as atividades no mundo em acordo com o dharma. Isto conduz a alma ao moska (liberação), que é simbolizado por uma lótus na mão da esquerda de trás de Lashmi.

As moedas douradas caindo no chão vindas da mão esquerda da frente de Lashmi ilustram que ela provê saúde e prosperidade para seus devotos.

Sua mão da direita da frente é mostrada abençoando seus devotos.

Os dois elefantes próximos à deusa simbolizam o nome e fama associados com a força material. A idéia mostrada aqui é que os devotos não devem adquirir força apenas para ter nome e fama ou apenas para satisfazer seus desejos materiais, mas deve compartilhar isso com outros de forma a trazer alegria aos outros além de si mesmo.

Algumas figuras mostram quatro elefantes borrifando água de vales dourados até a deusa Lashmi. Os quatro elefantes nesta situação simbolizam o contínuo esforço próprio de acordo com o próprio dharma e governado pela pureza, em busca da prosperidade material e espiritual.

A deusa Lashmi é adorada freqüentemente em templos próprios de seus devotos. Uma adoração especial é oferecida a ela anualmente no dia de Diwali, com rituais religiosos e coloridas cerimônias especialmente destinadas a ela.

Durga




A deusa Durga representa a força do ser supremo que preserva a ordem moral e a correção da criação. A palavra sânscrita durga significa a força ou o lugar protegido, difícil de ser alcançado.

Durga, também chamada de divina mãe, protege da ação dos demônios e da miséria. Ela destrói as forças do mal como inveja, ira e orgulho.

Sua adoração é muito popular entre os hindus. Ela é chamada de muitos outros nomes, como Parvati, Ambika e Kali. Na forma de Parvati, ela é conhecida como a divina esposa do deus Shiva e a mãe de seus filhos, Ganesha e Karttikeya.

Para conhecer mais sobre Durga sob a forma de Parvati e seu relacionamento com Shiva, acesse a história de Parvati.
Simbolismos associados à figura de Durga:

Durga veste roupas vermelhas. A cor vermelha simboliza ação. Sua aplicação na vestimenta indica que Durga está sempre ocupada destruindo o mal e protegendo da dor e sofrimento.

O tigre simboliza a força ilimitada. Durga montando um tigre indica sua força ilimitada, seu poder de proteção da virtude e destruição do mal.

Os dezoito braços de Durga significam a força combinada das nove encarnações do deus Vishnu (que apareceu na terra em diferentes tempos no passado). A décima encarnação, a Kalkin (um homem em um cavalo branco), ainda está por vir.

O som que emana da concha é o som sagrado da sílaba AUM, que é o som da criação. Uma concha em uma das mãos de Durga significa a última vitória da virtude sobre o mal e do certo sobre o errado.

As armas nas mãos de Durga passam a idéia de que apenas um tipo de arma não é suficiente para a destruição de todos os tipos de inimigos. Por exemplo, orgulho precisa ser destruído pela humildade, o egoísmo pelo desapego e o prejuízo pelo auto-conhecimento.

Shakti






O sistema indiano de divindades se refere à Shakti como a manifestação da energia. Shakti, a deusa mãe, também conhecida como ambaa (mãe), ou devi (deusa). É considerada a personificação da energia cósmica em sua forma dinâmica. Shakti é a mãe de Skanda e Ganesha. Acredita-se que Shakti seja a força e a energia nas quais o universo é criado, preservado, destruído e recriado (pela trindade do Hinduísmo: Brahma, Vishnu e Shiva).

Shakti é adorada em várias formas:

- Como RajarajesWari ou Kamakshi, ela é a mãe universal.
- Como Uma ou Parvati, ela é a gentil cônjuge de Shiva.
- Como Meenakshi - ela é a rainha de Shiva.
- Como Durga, ela monta tigre, que grita de forma a atacar. Durga simboliza a vitória do bem contra o mal.
- Como Kali, ela destrói e devora todas as formas de demônios. Ela também é a personificação do tempo, e sua forma sombria é simbolizada como o futuro segundo nosso conhecimento.

Acreditar em Shakti como o aspecto feminino de uma divindade é comum na malha religiosa da Índia.

Práticas tântricas envolvendo gestos, cantos e yantras são executados em adoração a Shakti.

domingo, julho 23, 2006

Shahrazad





A historia de uma Diva!!!!

Natural de Belém, Palestina, Madeleine Iskandarian (que adotou o nome artístico de Shahrazad Shahid Sharkey) foi com sete anos para a Jordânia, onde dançava em festas familiares como casamentos, noivados e aniversários. Sempre acompanhada por sua mãe que tocava alaúde, violão e violino, aos oito anos recebeu um convite para estrear em teatro. O Príncipe Emir Naif, que se encontrava na platéia, convidou Shahrazad para dançar em seu casamento.

Ao completar nove anos, ela foi a convidada especial do Rei Abdallah, e dançou em seu palácio, sendo muito aplaudida.
Começou então suas apresentações em público: partiu para Alepo (Síria), onde ficou um ano, e depois para o Líbano, por três meses, fazendo shows em teatros e clubes, seguindo depois para Bagdá.
Voltou ao Líbano aos doze anos, e aos catorze já alcançava a fama. Aos dezesseis recebeu um convite para filmar no Egito, mas com a condição de se casar ali, ela recusou.
Aos dezessete anos recebeu um convite para viajar para os Estados Unidos. Como era menor, a mãe se opôs a deixá-la viajar, e isto deixou uma mágoa muito grande em seu coração, pois era uma carreira promissora que se abria a sua frente.

Encerrando sua carreira artística, casou-se aos dezoito anos e veio morar no Brasil. Possui um casal de filhos. Após doze anos de ausência do mundo artístico, voltou aos palcos dos grandes clubes, teatros, restaurantes, televisão, festas e casamentos. Viajou pelo Brasil de norte a sul, e todos aplaudiam as apresentações da famosa bailarina e cantora Shahrazad, com suas roupas luxuosas e brilhantes, sua beleza morena e encantadora, e sua especialidade: dançava como ninguém a Dança do Ventre.

Em 1979 trabalhou na Tenda Árabe Bier Maza, e ao mesmo tempo dava aulas de dança e participava de vários shows em todos os clubes e programas de televisão.
Em outubro de 1982 fez uma tournée pelos Estados Unidos, e dançou em San Francisco num restaurante libanês; em Chicago, no restaurante grego "Diana"; em Las Vegas, no sofisticado "Marrocos", e em Miami na boate-restaurante "Cleopatra".

Em março de 1983 foi convidada a fazer alguns shows em Montreal, Ottawa e Toronto (Canadá). Ficou ali aproximadamente três meses e quando voltou ao Brasil reiniciou suas aulas de dança, com exercícios muito especiais para pessoas que sofriam da coluna e outros problemas de saúde (pois os movimentos dados a cada um, individualmente, requeriam muita atenção e dedicação).

A Lenda de Shahrazad

A milenar história das Mil e Uma Noites conta que dois irmãos, ambos reis, descobriram que suas mulheres eram infiéis. Vingaram-se de forma sangrenta e resolveram correr o mundo em busca de alguém mais infeliz do que eles. Encontraram um demônio que mantinha uma mulher num caixão de vidro com quatro cadeados. Ela saiu de sua prisão enquanto o demônio dormia e mostrou a eles os 98 anéis que tinha pego de seus amantes, insistindo em manter relações com os dois para chegar a cem, redondos. Os reis decidiram que o demônio era muito mais infeliz que eles e voltaram a seus reinos.
Lá, o irmão mais velho, Dhahrayar, ainda furioso com a traição da mulher, instaurou um reinado de terror, casando-se com uma virgem a cada dia e entregando-a a seu Vizir (ministro) para executá-la no dia seguinte. A filha do Vizir, uma moça chamada Shahrazad, inteligente e bem-educada, convenceu seu pai a deixá-la casar-se com o rei. Na noite de núpcias, a noiva pediu que sua irmã mais nova, Dinarzad, dormisse embaixo da cama, de forma que "antes que o rei tivesse terminado com Shahrazad", a caçula, conforme o combinado, pedisse que ela contasse uma história para passar o tempo até o nascer do dia.
Quando amanheceu, a história ainda não havia terminado e o rei, curioso, adiou a execução por um dia. Shahrazad continuou a contar histórias, que deram origem a outras histórias, que nunca terminavam antes do nascer do dia. A curiosidade do rei manteve Shahrazad viva. Ela narrava o adiamento de sua execução, um período em que teve três filhos. No fim, o rei suspendeu a sentença de morte e eles viveram felizes para sempre!

Na verdade, essa é a história de uma princesa que contava histórias para não morrer. Esse adiamento da morte nos sugere o recomeço da infinita aventura da vida!
Aqui cabe uma comparação proposital, a que Shahrazad é o arquétipo da grande Mãe, com seu enorme útero. Porque seu repertório de histórias é o próprio repertório da maginação, da sobrevivência, da vida e da morte.
Shahrazad triunfa porque é infinitamente criativa, e toda essa criatividade mantém sua cabeça e sua vida!
O fato é que histórias mantêm parte de nós vivos!

Gostaria de falar sobre essas coisas para traçar um paralelo entra a Shahrazad da história e esta que está aqui hoje. Para quem a conhece, sabe que falei de uma só pessoa. As duas têm o mesmo comportamento, a mesma infinita criatividade e imaginação! Não foi por acaso que ela concebeu este nome!
E ainda, já que falo de histórias, é muito importante deixar claro para todos que Shahrazad é e faz parte da história da Dança do Ventre no Brasil. Ela semeou e cultivou um trabalho ímpar, com técnicas e exercícios que antes do início de seu trabalho, não existiam. Ela é uma fonte inesgotável de conhecimento desta arte. Suas aprendizes estão entre as principais mestras da Dança do Ventre.
Quem negar sua existência e seu trabalho, estará negando a própria história da Dança do Ventre no Brasil, a nossa própria história!

Sílvia F. Caruí

sexta-feira, julho 14, 2006

MUSICAS!!!!!!!!!!!!!!




CRIEI UM E-MAIL, PRA QUE VOCE ENTRE E BAIXE MUSICAS QUE ESTAO SENDO POSTADAS POR DIVERSAS PESSOAS, E PECO QUE VOCE DEIXE QUANTAS MUSICAS QUISER!!!!

login: musicadancadoventre@gmail.com
senha: musicas

ja tem algumas la.... mas todo mundo quer mais!!!!!!!!!!!!!rsrs
beijos
Ishtar

quarta-feira, julho 12, 2006

Adao e Eva





muito boa... !!!!

A verdadeira Historia. (Desconheço a autoria)


Um dia no jardim do Éden, Eva disse a Deus:
- Deus, tenho um problema!!
- Qual é o problema Eva?
- Deus, sei que me criaste e me deste este maravilhoso jardim e todos estes
maravilhosos animais e esta serpente tão graciosa, mas não sou feliz!
- Por que Eva? Disse a voz lá de cima.
- Deus estou sozinha, e não suporto mais comer essa maçã.
- Bem, Eva, neste caso, tenho uma solução. Criarei um homem para ti.
- O que é um homem, Deus?
- Um homem será uma criatura defeituosa, com muitos atributos negativos,
mentirosos, arrogantes, vaidosos; em resumo fará da tua vida um inferno.
Mas... Será maior, mais rápido, e vai caçar e matar animais.
Terá um aspecto estúpido quando ficar excitado, mas, para que não te
queixes, o farei a fim de satisfazer tuas necessidades físicas. Será
patético e sentirá prazer em coisas infantis como lutar e dar pontapés em
uma bola. Não será muito inteligente, então, vai precisar do teu conselho
para pensar adequadamente.
- Parece ótimo. Disse Eva, com um sorriso irônico.
- Porém..., disse Deus
- Qual é o problema, Deus?
- Bem, vais tê-lo com uma condição...
- Qual Deus?
- Como eu disse, será orgulhoso, arrogante, egocêntrico... Assim terás que
deixar que ele acredite que eu o fiz primeiro.
Lembre-se, será o nosso pequeno segredo, Eva... De mulher para mulher...